sexta-feira, 13 de julho de 2012


BABADOS DO MÊS




SETEMBRO MÊS DE PARADA LIVRE
É meus amores, Setembro já se iniciam as paradas livres pela região, e começou bem hein, dia 23 de Setembro temos uma das maiores paradas da região, a parada livre de São Leopoldo e uma semana depois outra grande parada da serra gaúcha, a parada livre de Caxias do sul, no dia 30, aguardem que em breve passamos as demais datas das paradas!


MINI PARADA LIVRE DE SÃO LEOPOLDO
No último dia 28 de Junho, foi realizada em frente a My Way Club de São Leopoldo a Mini Parada Livre, para comemorar o dia do Orgulho Gay. O evento contou com diversos shows de drags e cantores, contou também com uma passeata até um local público onde os gays sofrem discriminação, no final houve um grande beijaço, o evento todo foi comandado pela apresentadora e proprietária da My Way, Lolita Bombom.

ENTREVISTA DO MÊS

NOME: William Dreher


IDADE: 26 anos 
 PROFISSÃO: DJ e Empresário 




  1. Com quantos anos que você percebeu se interessar por meninos?
 – Na verdade não sei exato quando, mas me lembro que, desde muito novo meninos me chamavam atenção, mas como fui criado com base no “padrão do certo” pela sociedade, considerava aquilo errado. Tentei tirar esses pensamentos e sentimentos de mim, até na igreja fui para isso. Mas não adiantou, fazia parte de mim, não tem como tirar, é como amputar uma perna. 


 2. Como foi a reação da sua família ao saber? 
– Eu levei alguns anos para aceitar, precisei me afastar da minha família, dos conhecidos e fui morar no Rio de Janeiro. Contei pra minha mãe logo que voltei para POA e ela aceitou numa boa. Para meu pai, demorou mais um pouco, pois sabia que ele não aceitaria. Quando ele ficou sabendo, sofri muito, pois ele ficou um ano sem falar comigo, mas depois ele me procurou, me pediu desculpas e disse: Aceitar eu não vou, nunca, mas vou te respeitar. Tu sabe o que é melhor pra tua vida! E hoje todos sabem e respeitam, pois eu me dou o respeito!



3. Quantos anos como DJ? 
– Sou DJ há um ano e meio, mas sempre trabalhei com festas e eventos, desde meus 16 anos. 


 4. Existe diferença entre tocar no meio LGBT e no meio hetero? Se sim, qual?
 – Diria que o público LGBT é bem mais exigente. Já toquei em festa hetero que o povo não ligava pra música que estava tocando, mas nas casas LGBT além de dançarem, o povo curte o som e presta atenção em cada TRACK que é lançada na pista. Exige bem mais do DJ.


5. Como se sente ao ver o carinho do público e o reconhecimento pelo seu trabalho? 
– É o que eu sempre digo, não há cachê que pague a minha alegria quando estou tocando em uma festa e alguém vem me dar um abraço ou vibrar pertinho das pick-ups por uma música que toquei. Tem festas que, depois de tocar, desço pra pista e a galera vem falando que o som tava de primeira, que curtiram de mais. Isso é o que me motiva a cada vez melhorar e dar mais de mim em cada festa. Junto com isso, vem o reconhecimento das boates e eventos, confiando em minhas mãos a tarefa de animar as suas festas!


 6. Existe muita rivalidade no meio dos DJ's?
 – Na minha inocência eu achava que não, até porque sempre fui muito amigo de vários DJs e pensava que todos eram assim. Mas como em qualquer área, sempre haverá alguém que vai cruzar seu caminho para tentar te atrapalhar. Mas, costumo dizer que pra mim cada obstáculo serve como um trampolim para eu chegar mais rápido ao meu objetivo. Passei por uma situação muito ruim em meio a um concurso, mas isso só me abriu os olhos e me motivou a mostrar pra todo mundo quem eu sou. Com humildade, me aproximei mais das pessoas que estavam comigo e segui em frente.


7.Na sua opinião o que é preciso para combater o preconceito?
 – Primeiro lugar falta atitude do público LGBT. Muitos têm medo de assumir quem realmente é e se escondem para a família e sociedade. Muitos também são inertes quanto aos eventos do meio, como as Paradas Gay, alegando que isso ou aquilo está errado. Reclamam que o mundo é preconceituoso mas não fazem nada para mudar. O pior preconceito é não assumir quem realmente você é. 


 8.Qual a importância de uma parada livre na sua opinião?
 – A Parada Gay, ou Parada Livre serve para mostrar para a sociedade quem realmente somos. Existem vários tipos de homossexuais, aqueles que mudam suas vidas e se tornam transexuais, outros que se transformam para subir em um palco, outros que tem atitudes afeminadas e também aqueles que simplesmente gostam de outros homens, mas não demonstram ser. Durante as Paradas, todo tipo de homossexual se une para passar momentos de alegria, assistindo shows, ouvindo música e se divertindo com os amigos. As famílias hetero também vão. A dona de casa, que jamais iria deixar a família para ir a um clube de stripp, por exemplo, se diverte ao ver os gogo boys desfilando seus corpos só de sunga no palco, dançando e “sensualizando”. Muita coisa tem que melhorar sim, como o fato de algumas pessoas se exibirem e extrapolarem na sensualidade durante as Paradas, mas isso com o tempo melhoram e cada vez mais as famílias poderão participar.


9. Um momento marcante, feliz em su carreira?
 – Foram vários momentos, cada lugar novo que eu vou é marcante, mas de todos foi o dia 6 de agosto do ano passado que duas coisas muito importantes aconteceram. Comecei meu namoro e foi o dia da Bitch Party. Sempre frequentei o Cine Theatro e sonhava em um dia estar no comando daquela festa. Aquele dia foi com certeza o mais marcante. Este ano estou preparando no dia 11 de outubro uma festa que com certeza ficara na minha história, pois marcará uma nova era na noite LGBT gaucha!


 10. Um momento triste, uma decepção em sua carreira? 
– Não digo um momento, mas algumas atitudes. As chamadas “panelinhas” que infelizmente existe. Já toquei em praticamente todas as casas do RS, mas algumas simplesmente não abrem espaço impedindo o público de conhecer nosso trabalho. Isso me entristece muito.


11. Qual seu maior sonho?
 – Meu maior sonho é ter a minha Boate. Já tenho um projeto todo pronto, com muitas ideias que se diferenciam de tudo que existe hoje em dia. Tenho trabalhado pra isso, por que dormindo, sonhos são apenas sonhos, mas trabalhando, sonhos se tornam realidade! 


 12. Você já sofreu algum tipo de discriminação? Se sim, como lidou com isso? 
– Por não demonstrar minha homossexualidade, não por medo, mas sim por meu estilo mesmo, dificilmente passo por situações de preconceito, mas também já ouvi muitas piadinhas e sempre tenho uma resposta educada na ponta da língua. Não sou de brigar, mas consigo acabar com uma pessoa com uma resposta. Quem me conhece sabe do que estou falando. (risos)



13. Você tem alguém que você se inspira dentro do meio LGBT, e alguém fora? 
 – Me inspiro muito em quem hoje tenho como um grande amigo. O DJ Samuel Thomas. Ele foi o primeiro DJ que vi tocando aqui no RS e sempre curti o seu estilo musical. Tive a grande sorte de conquistar além do carinho de fã, uma amizade com essa pessoa que não tenho palavras para descrever. Os poucos momentos que passamos juntos, dentro de uma boate ou fora, sempre foram regados com muita conversa, conselhos e carinho. Samuel sabe que te levarei pra sempre como meu amigão e como um ícone na minha carreira! 


 14. De onde vem as inspirações para montar os seus SET? 
– A inspiração vem do momento. Procuro sempre ouvir a opinião dos meus amigos e ficar ligado no que mais esta fazendo a cabeça da galera. Mudei meu estilo musical por isso, para sempre surpreender nas festas. Comecei tocando Tribal, hoje toco Dutch House e o público tem curtido bastante essa inovação.


15. Deixe um recado pros leitores do blog. 
– Bom galera, ai ta um pouquinho de quem é o DJ Will Dreher, espero que todos tenham a oportunidade de um dia curtir uma festa comigo, vibrar na mesma vibe que eu, pois com certeza tenho dado o melhor de mim para alegrar suas noites. Quero mandar um grande beijo pro Roberto que há um ano esta do meu lado, passando por todos os momentos juntos, me apoiando e sendo minha base. E quero mandar um grande beijo (selinho) pra todos meus amigos que amo e carrego sempre dentro do meu coração! Obrigado a Carol e a ONG pela oportunidade de estar em destaque nesta entrevista aqui no blog. Último recado, em outubro quero todos na BITCH PARTY – Sweet fantasY se divertindo junto comigo e com os melhores DJs de música Eletrônica do Rio Grande do Sul, até lá!

GUIA LGBT

PRECONCEITOS ENTRE HOMOSSEXUAIS JOVENS E HOMOSSEXUAIS MADUROS



É lamentável gente, que em nosso próprio meio existe preconceitos. Lutamos tanto por isso, sendo que em nosso próprio meio o preconceito é maior do que fora.
O assunto que veio trazer hoje para vocês, é preconceito de idade, claro que isso também acontece muito entre os heterossexuais.
é incrível como os homossexuais tem uma certa barreira e descriminação por homossexuais mais velhos, vejam bem, não estou generalizando, mas pelo menos a maioria que eu observo é assim,. 
Já ouvi muitos falando " Ai não, maricona nem pensar, ui Deus que me livre, bicha velha nem pagando".
Sinceramente não entendo por que tanto nojo, sendo que " as velhas" como eles dizem, são as nossas pioneiras na luta, os homossexuais mais maduros, são experientes, inteligentes, tem mais conhecimento do que é o mundo de antes, pois eles sim, passaram todos os tipos de preconceito, bem pior do que dos dias de hoje, eles sim que deram a largada para a luta contra o preconceito, temos que dar graças a eles. E na questão amorosa, do que adianta gostar só dos novinhos? Sendo que a maioria só quer saber de curtição, de sexo, não quer nada sério e não tem nada a lhe oferecer, hoje ta com um, amanhã esta com outro, tem muitos homossexuais lindos, cultos, inteligentes, sinceros, amorosos, prontos pra viver grandes aventuras amorosas, tem muito a oferecer, pensem nisso, e vamos começar a parar com deboches, com julgamentos, conheçam estes homossexuais maduros antes de falarem qualquer coisa.
E aos homossexuais mais maduros, ai vai meu recado: - Sei que de tantos deboches, te tantos julgamentos e preconceitos vindo da parte dos homossexuais de hoje, da juventude atual, vocês acabam se abalando e ficando com baixa-estima, pelo menos muitos que conversei foi assim, mas digo algo a vocês, ergam a cabeça, pois graças a vocês, temos todos os direitos a nossos favores hoje em dia, e outra muitos de vocês pagam por acharem que ninguém vai querer um relacionamento sério com vocês devido a idade, por favor, parem de pensar assim, e olhem a sua volta, se abram, deem uma chance a vocês mesmo e logo irá aparecer um grande amor, ou uma grande aventura. Fica a dica!

Por Caroline Schunck RogÊ

CIDADANIA LGBT

A homofobia é um problema de todos





No dia 24 de junho, dois irmãos, gêmeos, foram agredidos por oito homens na cidade de Camaçari. Uma das vítimas não resistiu aos ferimentos. José Leonardo morreu, deixando a namorada grávida. No ano passado, em São José do Rio Preto (a 175 km de Ribeirão Preto-SP), um grupo de jovens agrediu um homem de 42 anos e seu filho de 18. Os dois casos tiveram a mesma motivação: homofobia contra sujeitos que foram confundidos com homossexuais, uma vez que demonstram afetos em público.


 Se, antes, o entendimento era de que a homofobia era uma modalidade de violência dirigida apenas aos homossexuais, esses acontecimentos deixam evidente que os heterossexuais também são vítimas de homofobia. Esses crimes apontam para uma análise mais cuidadosa na forma como concebemos a sexualidade, as violências em torno dela e as políticas adotadas para solucionar a questão. O primeiro ponto a considerar é que vivemos em uma sociedade em que se espera que todos os sujeitos sejam heterossexuais, isto é, a heterossexualidade é compulsória. A heterossexualidade passa a ser uma exigência para todos os corpos, e os que não se adéquam a ela não são considerados dignos de viver. A partir do momento em que a ciência deixou de considerar a homossexualidade como uma doença, abre-se uma brecha social para existência de outros sujeitos, isto é, as pessoas não são obrigadas a serem heterossexuais, mas devem viver suas vidas como tais. Essa obrigação de que todos se comportem como heterossexuais, tendo ou não práticas heterossexuais, é o que chamamos de heteronormatividade. Nessa ordem social, dois homens ou duas mulheres até podem vivenciar uma experiência afetivo sexual junt@s, mas não em público. Os afetos, paixões e sentimentos expressos publicamente devem ser dirigidos ao sexo oposto. Entende-se também que homem tem que ser másculo e viril – mulher tem que ser feminina. Vivemos sob o domínio dessas duas normas: a heterossexualidade compulsória e a heteronormatividade, e as violências derivadas delas atingem todos os sujeitos, independente da orientação sexual, pois: a vítima não é uma pessoa isolada, tem família, amigos, logo deixa marcas em todo um círculo social; estamos sendo obrigados a camuflar nossos afetos, seja com parceir@s, amig@s ou familiares. Se antes era preciso reprimir as experiências sexuais, sublimá-las, hoje estamos sendo obrigados a reprimir os nossos afetos. Assim, a ideia que a homofobia é um medo, ódio e aversão a homossexuais mostra-se limitada. A concepção de ódio e aversão associados à fobia faz crer que se trata de uma doença, uma resposta orgânica, no entanto, o que chamamos de homofobia é uma resposta social, produzida por uma série de normas que hierarquizam sujeitos. Não se trata de uma resposta do indivíduo, mas de um coletivo. Precisamos discutir também que, ao considerarmos a sexualidade como um atributo natural humano, aprendemos assim que há um modo não natural de expressá-la. Logo, alguns sujeitos serão patologizados, considerados doentios e perversos. A naturalização é motor da divisão entre o normal e anormal, enquanto que a concepção de sexualidade construída socialmente enfatiza que a normalidade é uma invenção. Essas posições naturalizantes dividem os sujeitos em duas categorias distintas: heterossexualidade e homossexualidade. Supõe-se que cada um de nós tem dentro de si uma substância heterossexual ou homossexual ou, talvez, bissexual. Essa oposição nos separa, nos hierarquiza e procede a dominação simbólica de um grupo sobre o outro. Ao entendermos que cada sujeito é diferente um do outro, isto é, somos singulares, e ao mesmo tempo temos pontos em comum independente das nossas orientações sexuais, saímos desse campo de guerra organizado a partir da sexualidade. A naturalização nos empurra para uma oposição, enquanto o oposto nos coloca em contato uns com os outros, amplia-se as possibilidades de empatia. Essa divisão binária da sexualidade faz crer que o preconceito e discriminação sexual é um problema de uma minoria, enquanto estamos falando do livre direito de expressar os afetos, independente da orientação sexual. Assim como a preservação do meio ambiente não é um problema dos ecologistas, a homofobia não é um problema dos homossexuais. Estamos falando de laços humanos, que se expressam fora dos limites dessas categorias inventadas. Não estamos falando apenas no direito de homens realizarem-se sexualmente com outros homens, mulheres se realizarem com mulheres. Precisamos pleitear o direito dos sujeitos se expressarem com códigos de masculinidades, feminilidades, em suas infinitas combinações, independente do sexo ao qual nos referencia-lizamos. É preciso também repensarmos nossa resposta ao problema. Precisamos incluir os heterossexuais nessa empreitada. O modelo de movimento social, ancorado em quatro letras, limita nossas respostas. Precisamos juntar o H de heterossexuais na luta, assim como muitos outros sujeitos que estão fora da sigla LGBT. Precisamos de mais gente, mais humanidade e menos disputas por “caixinhas”. São esses alguns dos grandes desafios que devemos enfrentar na luta por um mundo que respeite e aprenda com a diversidade sexual e de gênero. 


 do ibahia
 por Gilmaro Nogueira

quinta-feira, 5 de julho de 2012

VIDEOS DO MÊS

AGENDA DO MÊS
























MOMENTO CLOSE

Amigos da Diversidade esteve presente também na Mini parada de São Leopoldo..






Ong Amigos da Diversidade reunidos com Paulo Stekel...