Amigos da Diversidade: setembro 2012

BABADOS DO MÊS

A NOITE DA DIVERSIDADE EM CRUZ ALTA

No último dia 1º de setembro, foi realizado em Cruz Alta, um evento que parou a cidade. Durante a manhã houve uma caminhada contra a homofobia, depois um almoço de confraternização e a tarde um ensaio com participantes que iriam concorrer aos títulos de miss e mister diversidade, a tarde também foi de entrevistas com os jurados. A noite então o momento tão esperado. O concurso foi realizado no clube Internacional no centro de Cruz Alta, onde a linda Bianca Voguel representando São Luiz Gonzaga, trouxe o titulo de Miss Transex Diversidade, Representando a cidade de Esteio, Letícia Houston, que recebeu o titulo de Miss Diversidade.

PARADAS LIVRES EM SETEMBRO
É isso ai galera, Setembro começou movimentadíssimo com as paradas pelo estado, começamos com a parada de Passo Fundo, no dia 02 de setembro a partir das 14 horas, no parque da gare, com o tema " Trazendo Visibilidade Lutando pela Diversidade". Logo após teremos a parada de São Leopoldo, a partir das 13 horas, na praça da biblioteca, a oitava parada vem com o tema: "Por uma São Leopoldo sem Homofobia". E pra encerrar o mês a parada livre de Caxias do sul, que será no dia 30 de setembro a partir das 13 horas na praça Dante Alighieri, com o tema: " Homofobia tem jeito Vote contra o preconceito".

ENTREVISTA DO MÊS

1. Com quantos anos você percebeu que gostava de meninas?
- com 8 anos

2. Como foi a reação de sua família ao descobrir?
- minha mae ficou decepcionada ,e meu pai que pensei que seria contra foi quem me apoiiou e me deu a maior força.

3. Quantos anos de carreira como cantora?
- profissionalmente a quase seis anos.

4. Você acha que no próprio meio gay existe preconceitos entre as classes? Jutifique.
- acho que sim pois rola muita inveja e ciúmes entre as classes

5. Com qual público é mais fácil de lidar? A receptividade, etc. O público hétero ou LGBT? Justifique.
- pra mim com os dois nunca tive problemas em relação ao meu publico pois graças a deus conquistei os dois gêneros.

6. Qual a importância da parada livre na sua opinião?
-pra mim é um meio de expressão onde todos nós podemos mostrar realmente nossos sentimentos.

7. Você já sofreu algum tipo de discriminação. Se já, como lidou com isso?
- já principalmente quando estamos em locais héteros ,pois uma certa vez estavamos em um bar dançante e nos beijamos e fomos posta pra fora do local pois era proibido beijo entre nós , na hora fiquei muito chateada e acabamos indo embora do local , neste ano voltei lá completamente por cima pra cantar ......

8. Na sua opinião, oque é preciso para combater o preconceito?
- é preciso mais união entre a sociedade!

9. De onde vem inspirações de suas musicas?
- depende muito do momento e da situação ea situação em que estou vivendo no momento ,mas geralmente vem da alma e do coração pois procuro sempre fazer musicas que tenha uma boa mensagem a passar para as pessoas de todas as idades sem baixarias e apologias sempre fazendo um funk do bem que todos podem ouvir sem problemas!

10. Uma pessoa no meio LGBT ou fora que você mais admira?
- a travesti marcelli por lutar sempre pela melhoria de todos contra a homofobia ,dentre muitas outras pessoas que lutam juntas diariamente para que isso aconteça.

11. Um momento feliz, emocionante em sua carreira?
- foi a minha classificação para a final do festival de funk e Hip Hop sul e ter ganho o terceiro lugar .

12. Um monete triste em sua carreira?
- bom em minha opnião momentos tristes estão presentes sempre em todos os dias pois se vc esta envolvido no meio musical ,a tristeza caminha junto pois a confiança é algo escasso e a inveja esta sempre presente.

13. Qual seu maior sonho?
- alcançar o sucesso desejado

14. Quais são seus planos para 2013?
- alcançar todas minhas metas traçadas para 2013 .

15. Um recadinho para os leitores do blog.

- Nunca deixe de acreditar naquilo que você tem em mente, pois um dia chegará a hora de você ser um merecedor de tudo que deseja. Um grande beijo no coração de cada um e que todos os seus sonhos se tornem realidade, este é o recadinho de MC Lary a todos.

GUIA LGBT

TRAVESTIS

Por Caroline Schunck Rogê

Sempre trago a vocês temas que causam muita polêmica, hoje nosso assunto é a vida das travestis.

Vamos começar pelo julgamento da sociedade. Eu já ouvi isso, e crio que muitas já ouviram também: - Que pouca vergonha, ficar vendendo o corpo, se prostituindo, pessoas novas, cheias de saúde, vão arrumar um trabalho, um emprego digno, vagabundos. Nossa como é fácil julgarmos né sociedade? Por acaso estas mesmas pessoas que falaram isso, se fossemos procurar emprego nas empresas onde elas trabalham, nos dariam serviço? óbvio que não! Ainda existe um preconceito muito grande sim, principalmente com as travestis, eles mesmos nos privam de trabalhar, nos fecham as portas, e se dão emprego, somos obrigadas a se vestir de homem, eu já passei por isso, acreditem.

Segundo ponto, vejam bem gente, não são todas, não quero generalizar, radicalizar nada aqui, mas a maioria que vemos, são extremamente marginalizadas, temos que combater isso, fazer um trabalho com nossas colegas travestis para ver se este quadro muda, muitas de nós pagamos com julgamentos, devido as condutas, posturas destas travestis marginalizadas. Muitas assaltam, são violentas, fazem escândalos na rua, querem andar nuas 24 horas por dia, muitas se afundaram no mundo das drogas,, até para um hétero esta postura fica feia, imagina para as travestis então, que sofrem mais discriminação, só que muitas pedem e não querem mudar, dai fica difícil né gente?

Já em questão de relacionamentos, também é muito complicado, claro que hoje em dia esta bem mais light, mas a maioria dos homens que se aproximam das travestis com papo de namoro oi que estão apaixonados, ou são aproveitadores, gigolôs, que querem ser sustentados, ou são homens comprometidos já, casados, que só querem uma transa casual grátis, ou covardes que tem medo do que os outros vão pensar e querem namorar as escondidas, são raras as travestis que encontram um cara sério e que goste de verdade para se relacionar, mas ai vem também o outro lado da moeda, como querem namorar se não tem uma postura para se portar na rua, acredito que homem algum vai querer andar com uma mulher nua, escandalosa, de mãos dadas, não é mesmo? - E quanto a vocês homens que querem se relacionar de verdade, deixem de ser covardes, e assumam do que gostam, e não se preocupem com os outros, se preocupem em ser feliz, nós travestis, não somos animais para namorar as escondidas.

Bom gente acho que no momento é só, mas volto ainda com este tema outra hora viu? Beiji nhus.

MUNDO LGBT

Homossexuais e bissexuais adiam mais o teste de HIV, mostra estudo em São Paulo

As pessoas com orientação homossexual e bissexual têm três vezes mais chances de adiar o teste de HIV do que as heterossexuais, informa um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Saúde, Faculdade de Medicina da USP e do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids da Secretaria de estado da Saúde de São Paulo.

Entre as pessoas que mantiveram relações com parceiros ocasionais e mulheres, essa chance foi, respectivamente, 1,5 e 2 vezes maior.

Os principais motivos apontados para postergar o diagnóstico foram a falta de oportunidade ou a dificuldade de ter acesso aos serviços (50%); o medo da doença e do preconceito que existe em torno dela (15%); e os problemas organizacionais dos serviços, com limitação de horário, exigência de documentos e lotação (15%).

O estudo, apresentado na semana passada nos Congressos e Fóruns de Prevenção em DST, Aids e Hepatites Virais em São Paulo, analisou entrevistas feitas em 2011 com 938 usuários de três CTA brasileiros (São Paulo, Olinda e Santarém). No total, 20% das pessoas entrevistadas adiaram a decisão de fazer o teste.

A importância de compreender os motivos que levam à postergação do teste é que o diagnóstico tardio é responsável por 40% dos óbitos por aids ocorridos no País. “Os resultados mostram que o medo e a falta de acesso aos serviços fazem com que as pessoas mais atingidas pela epidemia deixem de fazer o teste”, avalia o pesquisador da Faculdade de Medicina da USP, Alexandre Grangeiro.

Por isso, para Karina Wolffenbuttel, coordenadora das campanhas Fique Sabendo do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, “reduzir barreiras de acesso aos serviços e dirigir ações às populações mais identificadas com o risco de infecção podem promover o diagnóstico oportuno da infecção pelo HIV”.

da Agência de Notícias da Aids