quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ENTREVISTA DO MÊS!

NOME: Antônio Carlos Nunes Oleques
IDADE: 56
PROFISSÃO: Contador






1.Sabemos que você é o presidente da Ong Amigos da Diversidade de Esteio. Como surgiu a idéia de montar a Ong e a primeira parada livre de Esteio?

Na época, em Esteio, existia um bar chamado Bar e Theatro Paidéia, onde reuniam nos finais de tardes, todas as tribos, onde discutíamos cultura, política, e diversidade sexual. E sentíamos que Esteio por ser um município próximo de Porto Alegre, teria que ter a sua parada livre, para mostrarmos a comunidade a visibilidade homossexual e os talentos dos artistas da noite que fazem shows em locais GLBT e com esta finalidade resolvemos constituir uma ONG para criarmos a primeira parada livre de Esteio. E em função de nossa cidade ser muito conservadora esta ONG teve o nome de “ ONG Amigos da Diversidade” e não chamamos de parada gay para não afrontarmos o conservadorismo da cidade.






2.Você já sofreu algum tipo de preconceito? Como lidou ou linda com isto?

Não

3.Qual foi a reação de sua família ao saber da sua opção sexual?

Os familiares de laços sanguíneos, aceitaram numa boa, mesmo evitando tocar no assunto.





4.Você já esperava que a parada livre de Esteio fosse um sucesso? Qua traria todo este publico? O que passa pela sua cabeça ao ver toda esta estrutura e todo este publico?

Sim. Um sonho realizado.

5.Sabemos que a Ong amigos da diversidade fazem trabalhos sociais e trabalhos da militância em sua cidade, quais são os trabalhos que já foram realizados?

A ONG logo que foi fundada, nos preocupamos em ajudar pais que tem filhos homossexuais, orientando como lidar com a sexualidade de seus filhos. Organizamos trabalhos sociais, como, campanha do agasalho, cortes de cabelo em comunidades carentes, campanha do kilo, participamos de eventos juntamente com a secretária da Saúde sobre prevenção da AIDS e distribuímos preservativos em diversos locais públicos da cidade. Juntamente com a prefeitura montamos bancas no dia do Orgulho Gay e no dia da Prevenção de Doenças sexualmente Transmissíveis no campo Nacional. Juntamente com as organizações LGBT do pais, participamos de encontros em diversos estados e também da marcha Nacional contra A HOMOFOBIA em Brasília.





6.Na sua opinião o que é preciso para combater o preconceito?

Orientar a comunidade sobre a normalidade da homossexualidade, nos valorizando e não nos sentirmos inferiores aos heterossexuais, senão procriamos conforme o motivo que as religiões fundamentalistas dão para nos combater, somos cidadãos que pagamos impostos, temos nossos empregos, temos citações financeiras bem melhores que alguns heterossexuais, então, podemos contribuir na evolução da humanidade, adotando, criando crianças rejeitadas por pais heterossexuais que nasceram sem planejamento familiar.

7.Na sua opinião qual a importância da parada livre?

A parada livre contribui para mostrar visibilidade homossexual , onde o cidadão poderá ver que somos seres normais e alegres e com nossos artistas, promovemos a população entretenimento ( diversão).





8. Como foi estar em Brasília na passeata contra homofobia? O que passou pela sua cabeça?

Senti uma alegria imensa de estar participando deste processo juntamente com parlamentares aliados e ligados ao governo Federal na luta de um projeto de um Brasil sem Homofobia.

9. Qual a pessoa que você mais admira no meio LGBT? Por que?

Falando de nossa cidade, a pessoa de Caroline Rogê, que foi nossa apresentadora desde a primeira parada e sem ela não teríamos o brilho artístico que foi a parada de Esteio, considerada pela mídia, Uma das mais bonitas e bem organizadas do estado.






10. Qual seu maior sonho?

Que no Brasil e no mundo, a comunidade LGBT conquiste o respeito.

11. Quais são os planos ainda este ano relacionados a Ong?

A ONG continua fazendo seus trabalhos sociais, mas, esta investindo em formação aos LGBT de Esteio, conscientizando-os da necessidade de lutarmos por direitos iguais, não é a toa que o tema de nossa parada para 2011, que será realizada no dia 20 de Novembro é: NEM MENOS, NEM MAIS, DIREITOS IGUAIS.






12. Na sua opinião quem sofre mais discriminação, gays ou travestis ? Por quê?

Travestis. Porque sofrem discriminação nas escolas, na tenra idade, que levam muitos deles a abandonar os bancos escolares, não tendo formação para conseguirem emprego e a maioria acaba caindo na prostituição, enfrentando todos os riscos.

13. Qual o segredo para uma parada livre de sucesso e bem organizado?

Montarmos uma equipe e delegarmos autoridades.





14. Você acha que o preconceito aumentou ou diminuiu no longo do tempo?

Aumentou em função da nossa visibilidade, onde as igrejas fundamentalistas encararam como uma fronta em suas crenças e tornaran-se os maiores inimigos dos homossexuais, promovendo o ódio e isso acarretou no aumento da Homofobia.

15. Deixe um recado para os leitores do blog.

Peço a todos, principalmente aos homossexuais, levarem em consideração, se estamos travando uma luta por direitos e respeito que igualmente respeitem os contrários a nossa luta. Que para exigir respeito, teremos também que respeitar.



BABADOS DO MÊS!

2ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE DIREITOS LGBT
Foi realizado no último dia 15 de Agosto em Esteio, a 2ª Conferência Estadual de Direitos LGBT, onde reuniu representantes de vários cidades, contou com a presença também do Secretário da justiça e direitos humanos e outras autoridades presentes, o evento contou também com shows, como de Valéria Houston e Dandara Rangel, e a apresentadora da parada livre de Esteio, Caroline Rogê.




TOP DRAG VALE DOS SINOS 2011
No último dia 20 de Agosto, foi realizado na boate My Way Club de São Leopoldo o concurso Top Drag Vale dos Sinos 2011, onde foi eleita a To Drag Rafaela Face, entrevistada do blog do mês passado.

GUIA LGBT

ORIENTAÇÃO SEXUAL (CONTINUAÇÃO)


HOMOSSEXUALIDADE AO INVÉS DE HOMOSSEXUALISMO

Em 1973, os Estados Unidos retirou "homossexualismo" da lista dos distúrbios mentais da American Psychology Association, passando a ser usado o termo Homossexualidade.
Em nove de fevereiro de 1985, o Conselho Federal de Medicina aprovou a retirada, no Brasil, da homossexualidade do código 302.0, referente aos desvios e transtornos sexuais, da classificação internacional de doenças.
Em 17 de maio de 1990, a Assembleia Mundial Da Saúde aprovou a retirada do código 302.0 da classificação internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde. A nova classificação entrou em vigor entre países-membros das Nações Unidas a partir de 1º de Janeiro de 1993.
Em 1999, o Conselho Federal de Psicologia formulou a Resolução 001/99, considerando que "a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão", que "há" na sociedade, uma inquietação em torno das práticas sexuais desviantes da norma estabelecida sócio-culturamente" (qual seja, a heterossexualidade), e, especialmente, que "a Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações". Assim, tanto no Brasil como em outros países, cientificamente, homossexualidade não é considerada doença.
Por isso, o sufixo "ismo" (termologia referente á "doença" foi substituído por "dade" (que remete a "modo de ser").

(continua)....

PASSAPORTE DA CIDADANIA LGBT


O QUE É HOMOFOBIA, LESBOFOBIA E TRANSFOBIA?

É o medo, a aversão ou o ódio irracional ao homossexuais, aqueles que têm atração afetiva e sexual por pessoas do mesmo sexo. É a causa principal da discriminação e violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais.
Em países heterosexistas como o nosso, ou seja, países que suprimem os direitos LGBT, a homofobia, lesbofobia e transfobia são um sentimento comum, tido como normal. Só no Brasil, é responsável direto pelo assassinato de mais de 3.000 LGBTS nos últimos 30 anos. Sendo cerca de 145 mortes ocorridas no estado do Paraná.
É responsável também por atitudes e comportamentos relatados na pesquisa "Juventude e Sexualidade", realizada pela UNESCO em 14 capitais brasileiras no ano 2000 com 16.422 alunos(as), 3.099 educadores, e 4.532 pais e mães dos alunos(as) de 241 escolas, onde 27% dos alunos(as) não gostariam de ter homossexuais como colegas de classe; 35% dos pais e mães de alunos(as) não gostariam que seus filhos(as) tivessem homossexuais como colegas de classe e 15% dos alunos(as) consideram a homossexualidade uma doença.
A homofobia, lesbofobia e transfobia pode ser claras como nos exemplos acima, ou velada, envolvendo a discriminação na seleção de um emprego, locação de imóveis, escolha do médico(a), dentista, etc. Qualquer que seja a manifestação, a homofobia, lesbofobia e transfobia inevitavelmente levam á injustiça, e á exclusão social de quem a sofre.

VIDEOS DO MÊS!





AGENDA DO MÊS!
































MOMENTO CLOSE!

Confiram agora fotos da 2ª edição do chá d'ellas em Esteio no clube América....






































































Confiram agora fotos da 2ª Conferência Estadual de Direitos LGBT realizado em Esteio: