Um ex-combatente de guerra de 50 anos causa polêmica na liga americana de basquete universitário. Nascido na Alemanha com o nome de Robert, em julho de 2012 ele fez cirurgia de mudança de sexo. Hoje, Robert se chama Gabrielle Ludwig, e conquistou na justiça o direito de disputar a competição pelo Mission College, da Califórnia. Mais alta, mais forte e mais velha do que todas as suas companheiras e adversárias, Gabrielle enfrenta todos os dias o preconceito e as reclamações das rivais e de seus pais. Gabrielle diz que desde a infância sentia-se estranha com seu corpo, sendo que aos 15 anos, já vivendo nos Estados Unidos, tentou o suicídio. Os pais evitaram a tragédia, e o então garoto tentou levar a vida como seus colegas de escola. Na universidade, entrou para o time de basquete e, anos mais tarde, ingressou na Marinha. Serviu aos Estados Unidos na Guerra do Golfo e, ao retornar, casou-se duas vezes e teve três filhas. Na segunda união, Gabrielle começou a tomar hormônios femininos escondido da esposa e, quando o relacionamento chegou ao fim, decidiu fazer uma intervenção cirúrgica, se tornando em julho de 2012 transexual. Após quase 30 anos afastada das quadras, Gabrielle entrou em contato com o técnico do Misson College, Corey Cafferata, sobre a possibilidade de ingressar na equipe. Segundo o jornal “US Today”, o treinador riu, mas indicou o caminho. Gabrielle tirou uma nova certidão de nascimento, se inscreveu em matérias para obter o mínimo de 12 créditos na instituição de ensino e obteve uma autorização judicial, conquistando a vaga na equipe. Apesar do apoio das companheiras de time, já sofreu vários constrangimentos. Árbitros e adversárias, que possuem entre 18 e 22 anos em sua maioria, já deixaram de cumprimentá-la, e os pais das atletas de outros times questionam sua elegibilidade com frequência.
do Bem Paraná
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